Dicas para os advogados...
Como o Happy Hour com os amigos foi adiado por conta da possibilidade de chuva (paulistando depois de enchente fica cabreiro... rsrsrs) e como São Pedro ajudou no retorno para casa em um horário decente (não choveu!!!), resolvi criar vergonha na cara e postar logo as informações que o M. Leblanc transmitiu sobre mercado de trabalho para os profissionais do direito... essas informações talvez não ajudem na entrevista em si, mas, como eu achei essas informações valiosíssimas, e como não tem muita informação mais específica para os advogados futuro-imigrantes por aí, achei por bem compartilhá-las...
Como já dizia Jack, o estripador, vamos começar por partes...
1. Meu perfil:
Acho melhor começar do começo, até pq, acho que nunca postei meu perfil no blog (sorry, my bad!!)
- Tenho 27 anos
- Solteira
- Sem filhos
- Advogada (para os leigos, significa que sou membro da OAB, não sou "só" formada em direito... advogado é uma racinha chata, né?? rsrsrs)
- Me formei em dez/2008
- Não chego a ter 4 anos de experiência em direito (e a maior parte é estágio)
- Tenho um Bacharelado em Comunicação Social (habilitação em Cinema) incompleto, que não serviu para nada no processo por Québec, e que é a razão de uma das minhas dores de cabeça para dar entrada no federal (antecedentes criminais do Rio, estou falando de você!!)
- Já estive em Montréal por 1 mês em julho/2008
- Nível de inglês: fluente
- Nível de francês: no papel - 332hs na Aliança Francesa e um DELF B1 (parei o curso e tirei o DELF em 2007); na prática - considero meu francês bem intermediário (leio e compreendo muito bem, mas escrevo e falo mal pra caramba)... inclusive coloquei no dossier que meu francês era intermediário, próximo do básico... prefiri ser cautelosa...
2. A questão da língua francesa para os futuros operadores do direito québecois
Obviamente, um brasileiro que pretenda seguir a carreira jurídica no Québec tem que ter um bom conhecimento de francês, entretanto, depois de tanto falar sobre meus planos de melhorar o francês, tanto aqui no Brasil, quanto lá no Québec, fiquei sabendo que o domínio perfeito da gramática francesa não é tão essencial assim para ser um technicien juridique*... 'quoi?' vcs devem estar se perguntando... pois é... tb fiquei meio incrédula, mas a explicação que me foi dada faz sentido: nos escritórios e empresas existe uma pessoa que irá revisar a gramática de todos os documentos produzidos pelos techniciens e avocats!!! Ou seja, minha gente, se a vaga estiver exigindo "bonne connaissance de la grammaire française" ou "français: très bonne connaissance", fujam!!! Vc não irá trabalhar com o direito, mas passará seus dias corrigindo o trabalho dos outros!!!
* Obviamente, o mesmo não se aplica aos advogados... nesse caso são exigidos, sim, ótimos conhecimentos da gramática francesa... mas, depois de 3 anos de estudos universitários para ser aceita pelo Barreau (e todo o estudo de francês para ser aceita na universidade), se eu não tiver a "très bonne connaissance de la grammaire française", desisto de ser advogada e monto uma banquinha de brigadeiro na Sainte-Catherine... rsrsrs
* Outro detalhe, o que o empregador não exige no dia-a-dia, ele exige no CV, ou seja, antes de mandar qualquer currículo por aí, peça para um professor corrigi-lo!! CVs e cartas de apresentação com erros são muito mal vistos!! Acho que isso não se aplica apenas a nossa área, mas não custa falar, né!?
3. Empresa X Escritório
Essa informação eu achei especialmente interessante... de acordo com o M. Leblanc, dependendo dos meus planos futuros (obter ou não a equivalência no Barreu) deveria optar por um ou outro... explicando um pouco melhor:
- escritório - o technicien juridique trabalha lado a lado com advogados, então o networking é propício para quem quer se tornar advogado no Québec.
- empresa - melhor para os que não tem o interesse em percorrer o caminho para advogar por lá... o ambiente é mais dinâmico e o networking não fica restrito à área jurídica.
4. Procurando emprego
Essa também é boa, mas tb não algo é restrito aos advogados (nem é dica inédita na blogosfera... rsrsrs): é importante começarmos a prospectar uma vaga ainda no Brasil! Como? Fazendo um CV e uma carta de apresentação, pedir para o prof. corrigir, e sair encaminhando para os escritórios e empresas de interesse. Na carta é importante informar que estamos no processo de imigração, data provável da chegada no Québec, questionar se existe interesse da empresa em alguém com o seu perfil /suas competências e, solicitando um feedback - se a empresa responder positivamente (mesmo que seja um feedback informando que faltam as competências X ou Y), guarde o e-mail e mantenha o contato. No Québec as chances de você conseguir um emprego nas empresas que responderam positivamente aos contatos feitos ainda no Brasil aumentam bastante!
Bom, é isso... espero ter ajudado alguém com essas informações!! Eu, pelo menos, gostei bastante de ouvi-las... me deram um pouco mais de clareza sobre o que é a área jurídica por lá...
Como já dizia Jack, o estripador, vamos começar por partes...
1. Meu perfil:
Acho melhor começar do começo, até pq, acho que nunca postei meu perfil no blog (sorry, my bad!!)
- Tenho 27 anos
- Solteira
- Sem filhos
- Advogada (para os leigos, significa que sou membro da OAB, não sou "só" formada em direito... advogado é uma racinha chata, né?? rsrsrs)
- Me formei em dez/2008
- Não chego a ter 4 anos de experiência em direito (e a maior parte é estágio)
- Tenho um Bacharelado em Comunicação Social (habilitação em Cinema) incompleto, que não serviu para nada no processo por Québec, e que é a razão de uma das minhas dores de cabeça para dar entrada no federal (antecedentes criminais do Rio, estou falando de você!!)
- Já estive em Montréal por 1 mês em julho/2008
- Nível de inglês: fluente
- Nível de francês: no papel - 332hs na Aliança Francesa e um DELF B1 (parei o curso e tirei o DELF em 2007); na prática - considero meu francês bem intermediário (leio e compreendo muito bem, mas escrevo e falo mal pra caramba)... inclusive coloquei no dossier que meu francês era intermediário, próximo do básico... prefiri ser cautelosa...
2. A questão da língua francesa para os futuros operadores do direito québecois
Obviamente, um brasileiro que pretenda seguir a carreira jurídica no Québec tem que ter um bom conhecimento de francês, entretanto, depois de tanto falar sobre meus planos de melhorar o francês, tanto aqui no Brasil, quanto lá no Québec, fiquei sabendo que o domínio perfeito da gramática francesa não é tão essencial assim para ser um technicien juridique*... 'quoi?' vcs devem estar se perguntando... pois é... tb fiquei meio incrédula, mas a explicação que me foi dada faz sentido: nos escritórios e empresas existe uma pessoa que irá revisar a gramática de todos os documentos produzidos pelos techniciens e avocats!!! Ou seja, minha gente, se a vaga estiver exigindo "bonne connaissance de la grammaire française" ou "français: très bonne connaissance", fujam!!! Vc não irá trabalhar com o direito, mas passará seus dias corrigindo o trabalho dos outros!!!
* Obviamente, o mesmo não se aplica aos advogados... nesse caso são exigidos, sim, ótimos conhecimentos da gramática francesa... mas, depois de 3 anos de estudos universitários para ser aceita pelo Barreau (e todo o estudo de francês para ser aceita na universidade), se eu não tiver a "très bonne connaissance de la grammaire française", desisto de ser advogada e monto uma banquinha de brigadeiro na Sainte-Catherine... rsrsrs
* Outro detalhe, o que o empregador não exige no dia-a-dia, ele exige no CV, ou seja, antes de mandar qualquer currículo por aí, peça para um professor corrigi-lo!! CVs e cartas de apresentação com erros são muito mal vistos!! Acho que isso não se aplica apenas a nossa área, mas não custa falar, né!?
3. Empresa X Escritório
Essa informação eu achei especialmente interessante... de acordo com o M. Leblanc, dependendo dos meus planos futuros (obter ou não a equivalência no Barreu) deveria optar por um ou outro... explicando um pouco melhor:
- escritório - o technicien juridique trabalha lado a lado com advogados, então o networking é propício para quem quer se tornar advogado no Québec.
- empresa - melhor para os que não tem o interesse em percorrer o caminho para advogar por lá... o ambiente é mais dinâmico e o networking não fica restrito à área jurídica.
4. Procurando emprego
Essa também é boa, mas tb não algo é restrito aos advogados (nem é dica inédita na blogosfera... rsrsrs): é importante começarmos a prospectar uma vaga ainda no Brasil! Como? Fazendo um CV e uma carta de apresentação, pedir para o prof. corrigir, e sair encaminhando para os escritórios e empresas de interesse. Na carta é importante informar que estamos no processo de imigração, data provável da chegada no Québec, questionar se existe interesse da empresa em alguém com o seu perfil /suas competências e, solicitando um feedback - se a empresa responder positivamente (mesmo que seja um feedback informando que faltam as competências X ou Y), guarde o e-mail e mantenha o contato. No Québec as chances de você conseguir um emprego nas empresas que responderam positivamente aos contatos feitos ainda no Brasil aumentam bastante!
Bom, é isso... espero ter ajudado alguém com essas informações!! Eu, pelo menos, gostei bastante de ouvi-las... me deram um pouco mais de clareza sobre o que é a área jurídica por lá...
:)
2 comentários:
oi ju, ótimas dicas. vou colocá-las em prática com certeza. bjo.
oi ju, blog atualizado com a super notícia!!! suco marcado. bj
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